quinta-feira, 5 de agosto de 2010

de "Homossexualidade Travestida" à Zombaria Social

Há pelo menos uns 5 anos atrás, quando eu era do terceiro ano do ensino médio, eu e alguns amigos decidimos pedir autorização ao colégio para criarmos um jornal por lá, onde falaríamos de diversos temas. Filosofia, poesia, consciência social, polêmica, tudo o que se podia imaginar nós colocávamos lá. E certo dia, após saber de umas atitudes completamente vergonhosas de uma pessoa de lá, eu resolvi fazer um texto pro jornal falando de um tema polêmico, apenas para alfinetá-la.

Homossexualidade Travestida, creio ter sido esse o nome da reportagem que escrevi pro jornal do colégio. O texto falava de pessoas que começavam a bancar de lésbica/gay apenas para se sentir cool para um determinado grupo de pessoas (como um grupinho que tinha na turma da manhã do colégio onde parecia que tinha que ser mais ou menos assim para parecer legal para tal grupo, o que era uma doce ilusão, mas até então funcionava). Homossexualidade travestida porque essas pessoas não eram homossexuais de verdades e estavam travestindo (ou como eu quis dizer: fantasiando sua indole/fingindo ser tal pessoa) essa opção sexual que elas não tinham.

Okay que eu fiz esse texto bem generalizado, mas apenas com a intenção de atacar uma única e vergonhosa pessoa... Mas quem diria que com o passar dos tempos isso ia realmente virar moda?

Para cada canto que você olha parece que o número de homossexuais realmente está aumentando. Os de bissexuais então, nem se fala. Mas quantos destes são de fato o que dizem ser? Quantos deles fazem isso por gosto/opção e quantos fazem apenas por achar divertido ou porque acha, como aquela menina da minha sala na época, que isso é ser cool.

Isso me lembra realmente da época em que o Glam Rock estourou lá na Europa, com o diferencial da qualidade musical lixo de hoje. Estou falando de fato de como a moda Emo e suas derivações começaram a estourar esse BOOM de pseudo-homo-bissexualismo. Embora eu estaria sendo bem injusto ao dizer que isso se restringiu apenas aos Emos e derivados. Muitos outros grupos, ou como gostam de chamar: Tribos, começaram de uns tempos pra cá a, enfim, achar que liberdade quer dizer fazer qualquer porcaria que você tiver na cabeça apenas porque parece muito foda fazer isso. Não preciso nem entrar em detalhes quanto a isso, afinal, quantos videos, programas, textos, enfim, quantas vezes vocês já não viram alguém falar disso em outro lugar? Apenas achei curioso falar disso aqui porque eu já falava disso antes mesmo da moda estourar, talvez então eu seja um profeta! Devia ter profetizado os números da mega-sena, teria sido muito mais útil do que ver gente fingindo ser o que não é.

Falar nisso, a quantidade de gente que acha que eu sou gay por inúmeros fatores tem aumentado. Antigamente, muuuuuito antigamente mesmo, eu me incomodava com isso. Porque é bem chato ser taxado de uma coisa que você não é, correto? Com o tempo aprendi a não ligar, e acabei fazendo algo que pra mim é bem melhor e divertido: Zombaria Social.

O que chamo de zombaria social é simplesmente o meu modo de agir e me comportar sem me prender a algum rotulo ou convenção social como por exemplo os velhos "Homem que é homem não cruza as pernas" e "Homem que é homem não pinta o cabelo" ou até mesmo "Homem que é homem tem que ser toradão, musculoso mesmo e pegador!". Mas pra mim não me prender a um rotulo/convenção não foi nem é o bastante. Eu gosto mesmo é de provocar e ver o circo pegar fogo. Eu pintei uma vez o cabelo de rosa, não foi só porque eu gostava da idéia do cabelo rosa nem só porque eu era fã do Hideto Matsumoto. Eu quis também chocar mesmo as pessoas. Se elas iam achar que eu era gay, problema delas por terem a mente tão fechada. Acabou que o primeiro provocado foi meu pai que ficou um bom tempo enfurecido, mas bem, não era a primeira vez que ele se irritava com meu cabelo, dessa vez eu tinha ido mais fundo na ferida.

Ao menos com isso ele agora estava preparado para qualquer outra cor que eu escolhesse.

Eu ando realmente despreocupado. Seja com minha postura, meu cabelo, meu jeito, tudo. É de certa forma divertido ver como as pessoas normais (leia-se: pessoas comuns) tiram conclusões baseadas apenas no que está a vista. Bom, esse texto já tá grande o suficiente. Adoraria falar mais da minha zombaria social (que caso não tenham entendido, significa zombar da sociedade, bem óbvio, né?) porém deixa assim mesmo. Boa noite.

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