terça-feira, 21 de julho de 2009

Erro de definição?

Não me recordo no momento se foi em uma aula ou em mais uma palestra que assisti, sei que entraram no assunto das substituições digitais (não creio que tenha sido essa a nomenclatura que deram, mas a idéia é basicamente essa). Por exemplo, antigamente nós tínhamos o primeiro telefone. Funcionava a manivela e tudo. Depois evoluiu para o telefone que apesar precisava discar. Depois pro telefone de dígitos e por fim evoluiu para o telefone celular (que hoje em dia está evoluindo para o MP2103 - creio que já estamos no MP9 mas vocês entenderam a idéia).

Assim também foi com a Carta. Ela teve suas variações como o telegrama, até chegar no que hoje chamamos de E-Mail... mas peraí! Será mesmo que o E-Mail é de fato o substituto da carta como disseram as pessoas da palestra/aula?

Raciocinem comigo. Quantos de vocês realmente usam o E-Mail para mandar algum recado a alguém? Vocês preferem o Orkut, não? Ou até mesmo o mais novo (nem tão novo assim) inutilitário da internet, o Twitter. Ou até mesmo preferem mandar uma mensagem SMS do seu celular. Quantos de vocês, assim como eu, só tem E-Mail para: cadastros de sites, enviar correntes e mensagens pré-definidas, receber notícias de sites de compras, novidades do mercado, etc?

Se o E-Mail for de fato substituto de algo ele provavelmente é o substituto daquelas mensagens que chegam em nossos correios com propagandas de algo, ou até mesmo de contas (que hoje em dia também podem ser recebidas pelo E-Mail).

Eu nunca mandei muitas cartas realmente, mas as poucas que mandei me deram um gosto ótimo pela coisa e eu adoraria de fato ter com quem trocar cartas escritas ou E-Mails (da maneira a qual primariamente ele foi designado). Mas com o advento da tecnologia, logo aparecerão substitutos novos para tudo como já vem acontecendo e acho que em nenhum desses substitutos eu terei uma oportunidade de me sentir tão bem quanto com as poucas cartas que eu mandava.

domingo, 19 de julho de 2009

Brasileiro: O buraco é mais embaixo

Certa vez fui a uma palestra com assuntos diversos sobre a língua portuguesa e ao contrário do que eu esperava encontrar (o mesmo blábláblá de recém-formados se achando grandes intelectuais) eu encontrei uma grande explicação histórica e semântica sobre a origem dos problemas de nossa população. Na realidade não é bem lá a origem dos problemas em si, mas é um fato curioso que explica que desde nossa origem somos uma população injustiçada.

Já notaram que semanticamente falando as nacionalidades são terminadas com "ês" ?
Por exemplo: Português, Francês, Inglês, Japonês, Chinês.

Claro existem países com outras terminações como os nascidos na Espanha (espanhol), nos Estados Unidos (americano), porém a regra naturalmente é a do "ês"... Mas, mesmo com a regra diferenciada, nenhum deles é como o Brasil: Brasileiro.

Agora notem o fato curioso, já perceberam que a terminação "eiro" geralmente define uma profissão? Jardineiro, faxineiro, carpinteiro, padeiro...

"Oh, então Brasileiro é uma profissão?" Originalmente sim.

Ou vocês nunca atentaram para o nome dos profissionais que exploravam o pau-brasil (material que deu origem ao nome do nosso país) para os europeus? Sim, eram Brasileiros. Com o passar o tempo como éramos mera colônia, passou-se a chamar todos nascidos nessa terra de Brasileiro, simples e puramente porque éramos nós que fazíamos o trabalho todo para os europeus. Por causa disso toda a população ganhou a fama e o nome.

Sim, senhoras e senhores, semanticamente somos meros exploradores de pau-brasil. Começaram a nos foder desde nossa denominação. Todos os outros problemas vieram por outros fatores, é verdade, mas não é curioso que nem no nosso nome temos uma história feliz?

sábado, 11 de julho de 2009

Essa geração metida a Christiane F. não presta nem pra me dar livros interessantes, bah!

Recentemente tenho lido o livro "100 escovadas antes de ir pra cama" (ou 100 escovadas antes de dormir, dependendo da tradução) da escritora italiana Melissa Panarello e a principio pensei que iria ler alguma coisa interessante, já que tanta gente tinha me falado desse livro que "apesar de curto é muito bom".

Sério mesmo, alguém poderia me dizer a diferença de teor entre 100 escovadas, Christiane F. e Fugalaça?

É sempre uma adolescente tensa que vive a vida de qualquer jeito que seja sem se importar consigo mesma que vai vivendo e se fodendo pra caralho (e sempre repetindo as mesmas merdas por dias, meses e anos) e no fim das contas aprende alguma lição de vida muito valiosa, escreve um livro e fica famosa.

Aí sempre vão ter aqueles meninos e meninas que defendem com unhas e dentes esses livros dizendo "porra eu me identifiquei muito tá? me ajudou pra caralho a me entender", mas porra quantas pessoas no mundo você se identifica e elas nem precisaram escrever um livro pra tal?!

Sério mesmo, isso na época de Christiane F. era uma reviravolta na literatura, um marco na história, whatever, mas depois virou moda ser o adolescente fodido que escreve livro e vira icone entre os jovens.

No final das contas, eu não vi nenhum desses adolescentes que defendem com unhas e dentes esses livros realmente aprenderem algo e mudarem de vida, na verdade, boa parte deles idolatra esses escritores (geralmente escritoras) e... de fato não fazem nada da própria vida a não ser agir da mesma maneira que os autores.

Acho que perto do fim da minha vida vou ver vários desses atuais leitores-defensores também escrevendo um livro sobre suas experiências de vida sofrida e virando futuros icones dos futuros adolescentes lascados.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O que é a fortuna plástica?

Bom, eu criei esse blog com um objetivo:

- Colocar meu ponto de vista sobre determinados temas, seja do dia-a-dia, seja notícia de jornal e internet, o que for. O intuito é desestruturar e estruturar novamente os assuntos de acordo com uma análise que farei sobre esses determinados temas.

Por hoje eu só vim fazer uma apresentação mesmo, mas a partir do próximo post estarei trazendo algum tema. Sejam bem vindos à essa fortuna plástica...

Ah, mas por que fortuna plástica?!

Hoje, tempos modernos, as pessoas vivem suas vidas apenas por viver, acreditam veementemente numa felicidade baseada numa visão distorcida daquela velha frase "Carpe Diem". Nisso todos acham que estão felizes e esquecem que o mundo está em caos... Ou na verdade sabem de tudo isso, mas não ligam. Não que eu não acredite que existam seres humanos que conseguem ser felizes dessa maneira, provavelmente existe, mas é uma visão tão vázia de felicidade fácil que fica aquela impressão de "tem algo errado".... Ou talvez seja só na minha cabeça.

O nome Fortuna Plástica é uma homenagem a esse tipo de comportamento do ser humano moderno que acha que tem tudo de bom da vida (Fortuna) mas não percebe o qual fútil (Plástica) é a vida que leva ao não se importar com nada, além do benefício próprio.