domingo, 21 de agosto de 2011

Escrevo isso ao som de Erik Satie, recém-descoberto por mim graças ao meu amigo Mana Norimaki. É uma ótima escolha para ouvir ao dormir, também ao querer refletir. Eis que me venho a pensar em como tenho perdido a paciência com as pessoas.

Não me refiro àquilo de se estressar com os outros, mas àquilo de sair cortando laços porque não me agrada mais ficar perto de pessoas que não se tocam de si mesmas, do como estão sendo patéticas, entre outras coisas.

Falar assim parece até que eu tenho algum referencial para acreditar que minha pessoa está num patamar mais alto e que estes são apenas mortais inferiores, mas acredite quando eu digo: eu não me acho superior a nenhum deles. O que não invalida o fato de eu não ter mais paciência para esperar que as pessoas vejam onde estão fazendo merda e consequentemente mudem.

Olha sei mais do que ninguém que mudar demora e portanto requer um tempo. Só que sei lá... É chato você ter que ficar dando toques para a pessoa se ligar que precisa mudar. Isso cria um quadro de dependência, de perceber que tem que mudar apenas porque as críticas estão surgindo em quantidades maiores. Não sei, deve ser porque eu tenho um senso adquirido de auto-crítica muito alto e acabo tendo a expectativa de que todos ao meu redor sejam assim também. Talvez seja mesmo essa pretensão.

Se antes eu era o tipo de cara que vivia querendo ajudar as pessoas, principalmente os amigos, acho que hoje sou o tipo de cara que dá um toque para a pessoa (seja ela amiga ou não) e não toca mais no assunto até que a pessoa se toque. Só que quando eu vejo que a pessoa não se toca e permanece a mesma, eu deixo de me importar e acaba que meu laço com a pessoa vai se desfazendo aos poucos.

É, ser adulto é uma merda quando você pára pra pensar nessas horas. O mundo fica exigindo que você amadureça rápido para encarar o trabalho e ficar com menos tempo livre pra ser "besta", e acaba com esse ar de "não suporto gente que me atrasa"... Nessas horas eu entendo porque adultos gostariam tanto voltar a ser crianças. Pena que toda criança quer crescer logo, imaginando que quando crescer vai poder ter tudo que quer e fazer tudo que quer... Inocente ilusão.

Mas eu preferiria continuar nessa inocente ilusão, apenas pra não ser tão rígido com as pessoas como tenho sido. Ou talvez seja só porque estou ficando cada vez pior quanto a ser parecido com o zangado dos sete anões da branca de neve, ou com algum personagem excessivamente ranzinza.

(no final espero estar falando tudo isso de momento mesmo, ou seja, que não seja um sentimento que me acompanhe além de hoje)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Way Through

Desde que comecei a trabalhar (em julho) até aqui, nunca pensei que as coisas (por mais difíceis e estressantes que possam estar ou chegar a ficar) fossem se encaminhar tão bem. Já estou matriculado no curso de Baixo, estou fazendo Inglês Avançado (primeira vez que piso num curso de inglês, por sinal) e planejo várias outras coisas, já que quero tentar passar em Publicidade esse ano.

Mas até quando essas coisas vão continuar dando certo?

Não querendo ser pessimista, mas é que realmente começo a suspeitar de coisas que mudam da água pro vinho, seja no comportamento das pessoas ao meu redor, seja nas situações da minha vida.

Mas vamos ver no que é que dá.